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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Cultura quilombola e seus remanescentes: Brasília de Minas sedia II Seminário antropológico na comunidade Quilombola Borá

02/06/2011 - 09h23m

Com o tema Educação e saúde na comunidade remanescente Quilombola Borá, o II Seminário antropológico de cultura quilombola e seus remanescentes” está marcado para sábado, 4 de junho, a partir de 9h da manhã, na escola municipal Joaquim Alves Cardoso, comunidade Quilombola Borá, em Brasília de Minas, Norte de Minas.

O seminário é promovido pelo Grupo de apoio à cultura quilombola e seus remanescentes com apoio da secretaria de Educação de Brasília de Minas, através da escola municipal Joaquim Alves Cardoso. O evento conta, ainda, com a parceria da Emater, Verdeminas Associação dos pequenos produtores rurais de Borá I e região, Centro de especialidades odontológicas (CEO) Curso técnico de Enfermagem (CEDULC), Pastoral da Criança, Paróquia Sant’Ana Brasília de Minas e Assistência Social Judicial.

Na programação, além das apresentações culturais e ações sociais, os palestrantes João Batista de Almeida Costa, doutor em Antropologia Social pela DAN/UnB, Claudia Luz de Oliveira, mestre em Sociologia pela UFMG, Jussara Rodrigues dos Santos, graduada em Ciências Biológicas pela Unimontes, e Marcos Veloso Ramos, graduado em História também pela Unimontes, vão explorar os temas “Características educacionais e de Saúde”, “Políticas públicas com foco em educação e saúde na comunidade”, “Inclusão Social” e “Políticas Públicas em Defesa da Propriedade para as minorias étnico-raciais”.

De acordo com o coordenador do evento, Marcos Veloso Ramos, o seminário tem o objetivo de fomentar a discussão sobre a qualidade da assistência à saúde e educação para a população negra e quilombola, bem como, do direito à propriedade e sua autoatribuição como comunidade Quilombola em seu valor legal, documental, cultural e histórico.

Outra temática importante, segundo o coordenador, será a construção e desconstrução da cultura local através de agentes internos e externos à comunidade, bem como o direito à propriedade e da certificação, tendo à comunidade Borá toda a documentação necessária que será encaminhada para a Fundação Cultural Palmares (FCP).

Para a secretária municipal de educação, Eneide Braga Oliva Rezende, envolver a escola nestas questões sociais e culturais é uma grande ferramenta para a formação dos alunos.

- Desde cedo, é preciso conhecer de perto as condições reais da comunidade de origem para que as crianças e adolescentes cresçam conscientizados e preparados para lutar pelos direitos e deveres para conquistar a qualidade de vida de seus familiares – finalizou.

Um levantamento da Fundação Cultural Palmares (FCP) mapeou 3.524 comunidades quilombolas no Brasil. Mas, de acordo com o Movimento Social Quilombola, no país existem uma média de 5 mil comunidades quilombolas.

Em Minas, tem aproximadamente 435 comunidades pré-identificadas. Elas estão distribuídas por mais de 155 municípios. As regiões do estado com maior concentração de comunidades quilombolas são a Norte e Nordeste, com destaque para o Vale do Jequitinhonha. Mais de 97,9% comunidades quilombolas estão localizadas na área rural e o restante, 2,1%, na área urbana, segundo o Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva (CEDEFES).

FONTE: JORNAL O NORTE DE MINAS

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